Deve ser a idade
O tempo
Ou esse vento atravessado
Sei lá
Talvez o exercício pesado
Que é existir
Talvez seja a noite
Essa lua meio embriagada
Que despencou de repente
Ou a maré baixa que não quebra ondas
Um suspiro desavisado
De quem não sabe de nada
Eu suspiro
E não sei de nada
Nem de maré, nem de vento
Talvez o exercício pesado
Que é existir
Talvez seja a noite
Essa lua meio embriagada
Que despencou de repente
Ou a maré baixa que não quebra ondas
Um suspiro desavisado
De quem não sabe de nada
Eu suspiro
E não sei de nada
Nem de maré, nem de vento
Eu sigo, e só isso:
Não tento
Da intenção, sou espuma
Do plano, o que se desarruma
Da estrada, porteira fechada
Da estrada, porteira fechada
Explícito
Mau tempo
Sobre coisas
Inacabadas
(Mateus Borba)
(Mateus Borba)
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ResponderExcluirSinto-em assim também. Mas alegro-me com sua existência. Precisamos de poetas que mesmo cansados, não desistam de ser quem são.
ResponderExcluirAcho que isso é da alma do poeta. Como diz Adélia: "de vez em quando Deus me tira a poesia, olho pedra vejo pedra mesmo".
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