sábado, 6 de novembro de 2010

Como uma figura da qual nunca se viu tudo
Mas se sabe que dela falta uma parte
Me falta alguma coisa, todos vêem
Mas o que é essa coisa? Ninguém sabe...

Percebem os olhos pálidos, caídos
Os ombros curvos, o andar pesado
Me falta alguma coisa, todos dizem
E eu sigo andando assim, meio sem lado

Minhas mãos têm movimentos desconexos
São tentativas vãs de armar um gesto
E as palavras se calam em meio à frase

Meus passos não desenham rumo certo
E eu sigo sem resposta, incompleto:
Que coisa que me falta? Ninguém sabe...


(Mateus Borba)

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