terça-feira, 23 de novembro de 2010

Recolhe
Um fio de sol
Abandonado ao chão
Anseia-lhe a espera

Avança
Em devaneio cego
O tempo da estação:
Deseja a primavera

Descuidada
Anda quase nua
Deixando seus rastros
Ninguém desconfia

Que ali dentro
Pétala por pétala
O desejo em flor
De entregar-se ao dia


(Mateus Borba)

Nenhum comentário:

Postar um comentário