quinta-feira, 10 de março de 2011

Soneto para Maria

Maria da cidade longe
Chão sem bossa pra os teus pés de samba
Vê se o sol foi lá pro alto hoje
Ou anda emaranhado em tua franja

Vê se o vento que este mar te manda
Chega ainda morno aí nessa cidade
Pra bagunçar o teu cabelo novo
No coração, rodopiar saudades

Não sinta só, Maria, a vida é isso
Um eterno ir – pra onde, não se sabe
Mas sempre há canto pra esse teu sorriso

Vão mil abraços neste teu soneto
Que nasceu pra dividir a saudade
Com aquele teu retrato em branco e preto


(Mateus Borba)

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