Hoje a noite estava calma
Pairava a melancolia
Nem mesmo a cidade
Com seus absurdos de sons
Parecia querer toda a sua confusão
Os carros passavam educadamente
Sem buzinas ou pneus cantando
Apenas passavam
A praia parecia um senhor triste
Com seus movimentos e sua paciência
A lua estava escondida
Na última nuvem do céu
E as estrelas devem ter se perdido
Ou esquecido de acender
Eu passei olhando
Com esses meus olhos de dia nublado
E vi que a cidade, naquele momento
Era eu
Funcionando por funcionar
Como um rio
Que não tem mais aonde ir
E passa a vida a buscar o mar
Estava tudo horizontal
Sem sustos, sem surpresas
Dessas noites em que não se sorri
Nem se consegue chorar
(Mateus Borba)
É,algumas noites são assim.
ResponderExcluirMas existem outras em que a lua é um riso fino,o mar é moço convidando e a cidade não parece tão concreta.Bom recostar nessas noites ,onde há o encontro com a suavidade alegre.
Mas essas meios cinzas não são ruins,não são não...:o)
Uma noite calma, as vezes não é tão ruim assim.
ResponderExcluirNós somos responsáveis por deixá-la mais ou menos assim.Tudo depende do nosso sentimento, do humor ou da nossa condição de receber os sentimentos alheios.
Nós somos a cidade, as pessoas, o mundo.
Até mais.
Beijosss
Entendo perfeitamente.
ResponderExcluirLindo texto.