Os olhos
Não acusam o ato
Só, de fato
A consciência
Da natureza crua
Que o inspira
Impassíveis
E atentos às mãos
Dedicadas a encontrar
Da ferida
Sua forma mais
Escura
E tendo conseguido
Alcançar o que
Desse mal
Seria a essência
Mais pura
Parte sem culpa
E com prazer
Por ter despertado
Dentro da dor
Uma dor ainda mais
Profunda
(Mateus Borba)
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