Sou eu
Colhendo sombras do sol que plantei
Hasteando trapos de uma bandeira morta
Cavando o chão com passos ao redor
Da minha própria sorte
Sou eu
O inevitável grito sufocado
A espera inútil pelo fim das horas
Da solidão, marcha de um homem só
Sob o tambor da morte
O riso amarelo e covarde
O medo que paralisa
O mal que a boca preconiza
A certeza de que agora é tarde
Sou eu
(Mateus Borba)
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