sábado, 8 de agosto de 2020

Sou eu

Colhendo sombras do sol que plantei
Hasteando trapos de uma bandeira morta
Cavando o chão com passos ao redor
Da minha própria sorte

Sou eu

O inevitável grito sufocado
A espera inútil pelo fim das horas
Da solidão, marcha de um homem só
Sob o tambor da morte


O riso amarelo e covarde
O medo que paralisa
O mal que a boca preconiza
A certeza de que agora é tarde


Sou eu


(Mateus Borba)


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