Porque os dias bons
Aqueles que cheiram à dança debaixo de chuva
E a corpo suado depois do parque
E a cafuné do Amor da gente
E a “dez e meia, naquele bar de sempre”
E a uma dúzia de qualquer carinho
Ou ao carinho certo
Porque esses dias, meu bem
Viraram pingo d’água no canto do olho
Que não cai - nem deve cair
Mas que não volta
Porque hoje chove, e eu não danço
E eu estou cansado demais pra ser feliz
E penso no maço que tá acabando
E no telefone, que já nem me faz falta
Hoje eu só lembro de quando não tinha medo
E ria do tempo e do abismo
E dos que diziam que felicidade
É um ponto longe que está sempre longe
Como o coelho morto amarrado na testa do cachorro que corre
Mas eu ria do tempo e do medo
E achava que poderia correr o bastante
Porque aqueles dias, meu chapa
Hoje duram só o tempo em que nossos olhos se mantêm alinhados
Até cada qual olhar pro seu lado
E lembrar que já passou da hora
(Mateus Borba)
Dolorido e lindo:
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Porque esses dias, meu bem
Viraram pingo d’água no canto do olho
Que não cai - nem deve cair
Mas que não volta
"
Porque quando eu te leio é que me lembro o quanto você é lindo e que nada tem jeito de mudar isso.
ResponderExcluireu sofro com cada verso seu.
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