terça-feira, 23 de agosto de 2011

Bel

Vem desse Amor esse meu gosto por tanto, por tudo, por mais, por riscos tresloucados de felicidade e vontades de tamanhos incomensuráveis, como aparar em minha boca toda a chuva ou lhe lançar lá do alto as pétalas de sete mil buquês de rosas, jasmins, girassóis.

É desse Amor que enfeito meus olhos e adoço minha língua, salpicado de estrelas pelo corpo inteiro e fazendo do “Aaaaaahhhhhh...” da felicidade a minha sílaba, o meu poema, meu mantra entoado em uníssono pelos cinco sentidos.

Esse Amor que redesenha meu riso, que me pinta de felicidade o rosto, que me ensina o que é amar sem fundo, sem fim, sem chão, só céu, amar, amar, deexplodiremcoresmente amar.

Até café fraco, até violão mudo, até televisão, até quarta-feira de cinzas, tudo se renova e faz sentido, porque é assim que o Amor se faz presente: transformando o mundo, transformando os gestos, transformando os olhos, atirando cores, saltando precipícios e renascendo sempre que o pulmão se enche e o aroma vida faz festa na gente.


(Mateus Borba)

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