terça-feira, 23 de agosto de 2011

Lua

Observado, vigiado pelos seus olhos
Que vão além da minha superfície
Me invadem sem esforço ou resistência
Até a estrela nua que vaga em mim e nem mesmo eu alcanço
Como se fosse um anjo sentado num balanço
Tocando a lua com os pés

Acuado, amarrado sem cordas
Entregue ao seu desejo
Confio no que se estabelece invisível entre nós
Então me dou: agora sou apenas sentidos
Sensações, sem fronteiras, sou apenas espaço
Me desfaço no vento, me refaço em seu corpo
Como uma segunda pele - meu suor vem de ti

Movimentos, o peso da carne
Nós misturados da boca ao sexo
Braços e pernas construindo molduras
Pra nossas paisagens
E nos dando equilíbrio para navegar
Nesse mar nosso e infinito

Faço das suas entradas meu altar.

Explosão!...respiração...silêncio...

Há muito de nós nas nossas línguas
Há muito de nós virando luz

O descanso em nossa cama de nuvens e pétalas
E a recompensa por conhecermos tão bem
Os nossos caminhos


(Mateus Borba)

Um comentário:

  1. Meu fio, o trem do selo, cheu te falar, é que não boto nada no Versos (um padrão estético q defini), nem uso para outras coisas que não poesia (nuns anos atrás dei alguns anúncios relativos ao blog, mas ateh isso tenho evitado). Mas farei os negócio no Veículo, o outro blog, explicando que é do Versos. Será q pode?
    Em todo caso, brigadão. É um prazer ter sua admiração, orgulho retado. Agora vou ler aqui.

    Abs!

    ResponderExcluir