quarta-feira, 14 de março de 2018

O corpo
Oco
Casca seca
Sobre nada
Nada
Que seja mais
Que ainda pouco

O corpo
Casca
Já desfeita
Sobre o oco
Corpo
E do que sobra
Já nem pouco

Agora oco
E nada sobre
Senão a lâmina
De um sol de cobre

Reduz-se o corpo
A uma lágrima
Até que suma
E nada sobre


(Mateus Borba)

2 comentários: